Presidente turco lança projeto de canal em Istambul

“Vemos o Kanal Istanbul como um projeto para salvar o futuro de Istambul”, disse Erdogan em uma cerimônia.


Presidente turco lança projeto de canal em Istambul


O presidente turco, Tayyip Erdogan, lançou neste sábado (26) um projeto de canal de 15 bilhões de dólares com o objetivo de aliviar a pressão sobre o movimentado Estreito de Bósforo, lançando as fundações de uma ponte sobre a rota planejada.


Os críticos do que o próprio Erdogan chamou de “projeto maluco” quando o revelou há uma década questionam a viabilidade de uma hidrovia que percorre 45 quilômetros através de pântanos e áreas agrícolas na extremidade oeste de Istambul, e dizem que vai prejudicar o meio ambiente.


Trabalhadores da construção civil despejaram cimento nas fundações da ponte de 1,6 quilômetro enquanto uma multidão agitava bandeiras turcas. Erdogan disse que o canal levará seis anos para ser concluído.


O governo afirma que é cada vez mais perigoso para os petroleiros serpentearem entre o Mar Negro e o Mar de Mármara, descendo o congestionado Bósforo, que divide as metades europeia e asiática de Istambul, uma cidade de 15 milhões de habitantes.


Já 43 mil navios passam por ano, muito mais do que os 25 mil que o governo considera como um nível seguro, causando tempos de espera cada vez mais longos. Em 2050, estima-se que o número suba para 78 mil.


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No entanto, uma pesquisa sugere que a maioria dos cidadãos se opõe ao projeto, assim como o prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, e o partido de oposição CHP, ao qual ele pertence. Os críticos dizem que isso destruirá o ecossistema marinho e colocará em risco parte do abastecimento de água doce da cidade.


Executivos de bancos disseram à Reuters em abril que algumas das maiores instituições financeiras da Turquia estavam relutantes em financiar o canal devido às preocupações ambientais e aos riscos de investimento.


A Rússia também teme que o canal não seja coberto pela Convenção de Montreux de 1936, que restringe a passagem de navios de guerra de países não pertencentes ao Mar Negro através do Bósforo.


Imamoglu classificou a cerimônia deste sábado como uma manobra para salvar as aparências de um projeto que demorou a se materializar, em parte devido às dificuldades econômicas. Ele disse que a ponte fazia parte de um projeto de rodovia não relacionado ao canal.




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