Movimento da maré determina operações em aeroporto na Escócia, entenda

Por conta da programação peculiar de seus voos, o aeroporto chama muita atenção.

 
Movimento da maré determina operações em aeroporto na Escócia, entenda


No aeroporto localizado na ilha de Barra, na Escócia, o que determina as operações de voos é a maré, pois as pistas desaparecem quando ela sobe.


Em geral, essa coordenação para pouso e decolagem ocorre de acordo com as demandas do local e horário de funcionamento. Isso ocorre porque o local fica em uma praia, e suas pistas são na areia.


Assim, se a maré sobe, o aeroporto fica impraticável, e é preciso esperar as águas baixarem para voltar a receber voos. E isso ocorre mais de uma vez por dia, com o mar podendo subir até quatro metros, invadindo a faixa de areia. 


Esse é considerado o único aeroporto do mundo situado em uma praia a receber voos comerciais. Ele fica na baía de Traigh Mhòr, na ilha de Barra, que pertence ao arquipélago de Hébridas Exteriores. 


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Traigh Mhòr é a palavra na língua gaélica escocesa, que significa Praia Grande, em português.


O local funciona apenas cinco horas por dia, e apenas uma hora e quinze minutos aos domingos, nos períodos em que há menos influência das marés. 


Para fugir de alagamentos, sua torre de controle e terminal de passageiros ficam localizados nas dunas próximas à praia. 


Quando está operando voos, todo acesso ao local é proibido. Fora desses horários, é liberada a circulação de banhistas e veículos pelas pistas. 

                              
Movimento da maré determina operações em aeroporto na Escócia, entenda

Essa praia foi escolhida para operar pousos e decolagens, apesar da invasão diária do mar, por, entre outros fatores, conter uma superfície dura formada pela areia. 


Ali não é permitido o pouso e decolagem com helicópteros. 

Mesmo sendo pequeno, Barra tem três pistas ao todo, com comprimentos de 680 m a 846 metros. 


Elas são dispostas como um tridente, todas culminando próximo ao edifício central do aeroporto. 


Devido ao seu tamanho e à sua superfície, apenas aviões de menor porte operam no local. O modelo mais visto por lá é o DHC-6 Twin Otter. 


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Essa aeronave tem capacidade para até 19 passageiros e, por ser mais leve, não afunda na areia. Sua fuselagem é quadrada, diferente de alguns aviões comerciais, já que ela não é pressurizada por não voar a altas altitudes. 


Para os pilotos se orientarem em qual direção pousar, estacas de madeira marcam o sentido das pistas. Embora não sejam permitidos voos noturnos, em situações de emergência, carros podem iluminar a pista para operações eventuais no local. 


Barra existe como aeroporto desde o ano de 1974, e recebe mais de 15 mil passageiros por ano. Ali também são realizados cerca de 1.400 pousos e decolagens, além de receber 60 aviões particulares de pequeno porte ao ano.

 


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