A Doença de Haff é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes ou crustáceos.
O estado do Amazonas registrou, nos últimos 10 dias, pelo menos 40 casos e uma morte em decorrência da Doença de Haff, popularmente conhecida como “doença da urina preta”.
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O surto começou a ser registrado em Itacoatiara, município a 176 km da capital amazonense, onde foram identificados 34 casos e uma morte desde o dia 21 de agosto, de acordo com informações da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.
Do total de doentes, 10 pacientes continuam internados.
Por enquanto, ainda não foi comprovada qual é a origem da doença. Uma equipe técnica está investigando o foco inicial em busca de respostas.
As autoridades locais ainda não orientaram a população quanto à suspensão do consumo de peixe.
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A “doença da urina preta” foi descoberta em um lago chamado Frisches Haff, em 1924, em território que era pertencente à Alemanha.
A sua origem é desconhecida, mas sabe-se que está associada ao consumo de animais aquáticos.
Uma das principais hipóteses é que os peixes e crustáceos, quando armazenados de forma inadequada, podem criar uma toxina sem cheiro e sem sabor.
A ingestão da substância, mesmo cozido, frito ou assado, provoca a destruição das fibras musculares esqueléticas, conhecida como rabdomiólise, e libera substâncias no sangue que são capazes de danificar o sistema muscular e órgãos como os rins.
Sintomas
Entre duas e 24 horas após a ingestão do alimento contaminado, começam a aparecer sintomas como náusea, vômito, falta de ar, diarreia, dores musculares e dormência no corpo.
Os pacientes também costumam apresentar insuficiência renal, com a urina bem escura.
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O diagnóstico da doença de Haff pode ser feito no próprio consultório, com a análise dos sintomas e a confirmação de que o paciente comeu peixe nas últimas 24 horas.
Para ter 100% de certeza, é possível fazer exames de sangue que determinam a destruição muscular.
Eles medem o nível de enzimas como a mioglobina e a creatinofosfoquinase.
Tratamento e prevenção
O tratamento é realizado com hidratação, para diminuir a concentração da toxina no sangue e favorecer a eliminação por meio da urina.
Em casos mais graves, pode ser necessário internamento e hemodiálise.
Para prevenir a doença, é recomendável consumir pescados e crustáceos com origem, transporte e armazenamento com garantia de segurança.