Tempestade de poeira assusta moradores no interior de São Paulo

O fenômeno afetou a visibilidade no trânsito e obrigou comerciantes a fecharem as portas. Moradores relataram dificuldade para respirar.


Tempestade de poeira assusta moradores no interior de São Paulo


A tempestade de poeira causou falta de energia em alguns bairros e assustou os moradores de Ribeirão Preto, Orlândia, Dumont e Jardinópolis.


Em Franca, o comerciante, Eduardo Rodrigues Sanches, foi levar o filho a um supermercado na avenida Antônio Barbosa Filho quando percebeu o céu escurecido na região do Franca Shopping. 

 

Em seguida, tomou a rodovia Cândido Portinari, sentido Bairro Vera Cruz, e enfrentou a tempestade de poeira durante o percurso.


Foi uma cena apavorante, ficou tudo tomado pela poeira, eu não enxergava nada na minha frente. Do lado, muitas sacolas, folhas e papéis estavam voando para todo lado e até o carro sacudia com o vento. 

 

Todo mundo ligou o pisca alerta dos carros. Fiquei com medo porque a gente não pode subestimar a força da natureza.


Em outro ponto da cidade, a esteticista, Ana Luisa Flausino, também foi surpreendida pela virada no tempo. 

 

Ela mora em um condomínio na Vila Santa Cruz e estava deitada no sofá descansando quando escureceu de repente.


Estava até sol, mas ficou escuro e pensei que era chuva. Quando olhei, a poeira já tinha tomado a região toda do meu bairro. 

 

Foi uma sensação horrível de sufocamento, porque parecia que estava entrando poeira dentro de casa, estava com cheiro forte, muito forte mesmo.


Moradora do Residencial Amazonas, a jornalista, Ana Luisa Silva, disse que passou momentos de medo quando a cidade ficou encoberta pela poeira e foi atingida por rajadas de vento.


Pela janela, eu vi a nuvem de poeira vindo para a direção do meu apartamento e fiquei bem assustada. Na verdade, parecia que o mundo estava acabando, sabe? Quando encobriu o bairro, o condomínio onde eu moro, fiquei com bastante medo. Foi questão de uns quatro minutos e ficou tudo escuro.” Afirmou ela, que observou o fenômeno por volta das 16h30.


Neste mesmo horário, a analista de sistemas, Nise Peres, moradora da Vila Nicácio, estava na calçada com a filha de 13 anos e dois sobrinhos, um com 5 anos, outro com 1, quando percebeu a nuvem de poeira se aproximando. 


Eu olhei para o bairro da Estação e vi nuvens em tons de rosa amarronzado vindo em nossa direção. De repente, as folhas que estavam no chão começaram a voar e as árvores balançando muito forte. Aí eu senti gosto de poeira. Corri para fechar a casa e colocar as crianças para dentro. A casa toda está suja e justamente neste momento com falta d´água.


Após a nuvem de poeira, choveu na cidade com relâmpagos e trovoadas. Outros municípios da região também foram afetados pelo fenômeno. Um deles foi Dumont, a 22 quilômetros de Ribeirão Preto.


No início da noite, a Sabesp, que mantém racionamento de água desde o dia 2 de setembro, emitiu comunicado em que recomenda aos moradores de Franca que não desperdicem água na limpeza das casas, quintais e calçadas, mesmo com a grande quantidade de poeira e fuligem geradas pelo fenômeno.


Sabemos que o evento atípico de hoje (26/9) trouxe uma grande quantidade de poeira e fuligem para dentro das casas. Mas o município passa por um período de severa estiagem, com rodízio no abastecimento de água. É preciso que todos usem a água de forma consciente, sem desperdícios.”, diz trecho da nota.




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