Conhecido também como Uiraçu-falso, sua última aparição teria sido em 1964 na região de Marechal Cândido Rondon.
O Uiraçu, ave considerada extinta há quase 60 anos no Paraná, foi redescoberto por um casal de observadores de aves em Serranópolis do Iguaçu, no oeste do Estado.
O registro foi publicado no wikiaves pelo observador, Matheus Cataneo.
Cataneo e sua companheira, Cassieli Seghatti, fizeram essa redescoberta importante no dia 25 de dezembro de 2022. Como o próprio autor da publicação disse, “Um belo presente de natal!”
Até então, o último registro desta espécie no Paraná foi em agosto de 1964, na região de Marechal Cândido Rondon.
A espécie é considerada mais rara que o gavião-real
Pode-se encontrar o Uiraçu em florestas conservadas ou com pouca alteração, chamadas de primárias e secundárias. Esse gavião vive em altitudes que vão desde o nível do mar até acima dos mil metros, sozinho ou em pares, passando boa parte do tempo imóvel, oculto em um poleiro alto de onde procura suas presas.
No Brasil, a espécie é tipicamente encontrada na Amazônia, mas ainda ocorre no Cerrado e na Mata Atlântica.
Segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, é indicada como uma espécie mundialmente “quase ameaçada”.
No Brasil é severamente ameaçada em vários estados localizados na Mata Atlântica, sendo “criticamente ameaçada” em São Paulo e Santa Catarina e “regionalmente extinta” no Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.
O Uiraçu é conhecido também como gavião-real-falso, uiraçu-falso, gavião-sujo, gavião-de-penacho, gavião-do-brejo, águia-mateira, gavião-rei, gavião-coruja, uiraçu-cinza, gavião-preguiça, caiçara, gavião-caiçara e gavião-caipora.
Seu nome científico, Morphnus guianensis, significa: do (grego) morphnos = águia; e de guianensis = relativo ou originário da Guiana. ⇒ Águia da Guiana.
Fonte: WIKIAVES