Vida marinha se adapta e forma novo ecossistema em ilha de lixo do Pacífico

                                       
Vida marinha se adapta e forma um novo ecossistema na ilha de lixo do Pacífico
                                              

Uma notícia surreal, sobre o lixo acumulado no Pacífico, – é que a vida marinha está se ajustando à sua situação atual, aproveitando a ilha que se formou e criando um novo ecossistema.

“O mais intrigante, é que esse novo ecossistema combina animais que vivem no meio do oceano com aqueles que habitam historicamente regiões mais costeiras. E às vezes, como costumam fazer as criaturas que compartilham o mesmo ecossistema, elas comem umas às outras.”

Essa é uma das conclusões de um artigo recente no ‘The Atlantic’ de Sarah Zhang, que descreve o 'Patch' como “o local de um experimento ativo em biologia”.

Zhang cita um estudo recente publicado na revista Nature Ecology & Evolution. “Parece que as espécies costeiras persistem agora no oceano aberto como um componente substancial de uma comunidade neopelágica sustentada pelo vasto e crescente mar de detritos plásticos”, escrevem os autores do estudo.

É muito cedo para dizer se isso é ou não motivo para otimismo - mas é uma maneira fascinante de ver a vida se adaptando de maneiras inesperadas.

Animais marinhos que normalmente vivem nas áreas costeiras ocidentais estão se multiplicando nos detritos da Grande Mancha de Lixo do Pacífico, revelou o novo estudo.

O relatório publicado na segunda-feira na "Nature Ecology and Evolution” disse que os cientistas encontraram espécies vivas em 70,5% de 105 itens de plástico retirados do patch entre novembro de 2018 e janeiro de 2019.

O grupo, liderado por Linsey E. Haram do Smithsonian Environmental Research Center, identificou 484 organismos marinhos separados nas amostras, incluindo crustáceos, moluscos, anêmonas do mar e vermes. Cerca de 80% das espécies têm origem costeira, segundo o estudo.

A Grande Mancha de Lixo do Pacífico, por sua vez, ocupa mais de 600.000 milhas quadradas no oceano aberto entre o Havaí e a Califórnia, informou o USA Today.
Mas, apesar das condições bizarras, o estudo descobriu que a vida marinha está prosperando e se reproduzindo na ilha de lixo.

Sabine Rech, bióloga marinha da Universidade Católica del Norte, no Chile, disse à NPR que ficou “surpresa” com as descobertas do grupo. “Além da surpresa, acho que as implicações podem ser enormes”, disse ela sobre a descoberta.

“Com as pesquisas mais recentes, vemos que é apenas algo normal agora, que está acontecendo o tempo todo. Espécies costeiras viajam regularmente, o tempo todo, para longe de seu habitat”.
Porém Rech alertou que a migração das espécies pode levá-las a se tornarem invasoras fora de seus climas regulares.
"É um pouco assustador", disse ela.


Conteúdo publicitário

Ative o sininho para receber as notificações!

close
Respeitamos sua privacidade e segurança

É por isso que este site não contém anúncios nocivos. Somente conteúdo confiável é exibido aqui.

Nosso site só é possível exibindo anúncios para nossos visitantes.
Por favor, considere apoiar-nos desativando seu bloqueador de anúncios.
back to top